Quatro seguidas

Morte de ditador é sempre motivo de festa
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Dizem que dos mortos não se deve falar mal. Bobagem! Há mortes que devem ser comemoradas, há cadáveres que devem ser abandonados aos vermes e apodrecer em praça pública. Quando certos sujeitos vão para os infernos o planeta parece se tornar um lugar menos irrespirável. Hoje é dia de festa, vou comer cebolas pra comemorar. Omar Bongo se foi! Ongo Bongo quem? Para quem não sabe, tratava-se do presidente do Gabão, uma ridícula caricatura que, entre ditaduras, eleições fraudadas e muita corrupção, estava no poder desde 1967. Há alguma relevância nisso? Provavelmente não; se o Gabão some do mapa ninguém sente falta, portanto se seu presidente bate as botas ninguém se dá conta. Tirando o luto que tiram lágrimas dos meus olhos (ou seriam as cebolas?), o interessante é pensar como diabos um sujeito pode governar um povo por mais de quatro décadas. Evidente que quem está no poder não quer sair, mas porque diabos um povo se sujeita? No Gabão ninguém parece estar pensando muito nisso, quem deve suceder Omar é seu filho Ali Ben Bongo. Pelo menos ali o mundo está melhorando, o Ben sucederá Omar. Por isso hoje tem festa e eu quero ouvir Ramones: Gabão Gabba Hey! Gabão Gabba Hey!